O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde pública com o aumento alarmante de casos de intoxicação por metanol. Em São Paulo, a situação é particularmente crÃtica, concentrando a maioria das ocorrências. Até o momento, foram confirmados 58 casos em todo o paÃs, com 15 mortes trágicas, segundo os últimos dados divulgados hoje, 25 de outubro de 2025.
A primeira morte no Paraná foi de um homem de 55 anos, morador de Foz do Iguaçu. Recentemente, um homem de 43 anos de Almirante Tamandaré também faleceu em Curitiba após ser internado como caso suspeito e ter a intoxicação confirmada por exames laboratoriais. Uma mulher de Curitiba também está entre as vÃtimas fatais. O Paraná registra seis casos confirmados: quatro em Curitiba, um em Almirante Tamandaré e um em Foz do Iguaçu, com três mortes no total e os demais pacientes já fora de internação, conforme informações do governo estadual.
Os números mais recentes do Ministério da Saúde, divulgados na última quarta-feira, mostram dez mortes e 53 casos confirmados em todo o paÃs, com São Paulo liderando o ranking com sete mortes e 42 casos. Contudo, esses dados ainda não contabilizavam as duas mortes mais recentes no Paraná.
O metanol é uma substância altamente tóxica, praticamente imperceptÃvel em bebidas, o que aumenta o risco de ingestão acidental. Os sintomas de intoxicação, muitas vezes confundidos com os de uma simples ressaca, surgem entre seis e 72 horas após o consumo. Dores de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, falta de coordenação, tontura e confusão mental são os sinais iniciais.
Em casos mais graves, a intoxicação por metanol pode causar dor abdominal intensa, alterações visuais severas (como visão embaçada, pontos escuros, sensibilidade à luz e até cegueira súbita), dificuldade para respirar, convulsões e coma. A rápida identificação dos sintomas e o imediato atendimento médico são cruciais para evitar consequências fatais.
Diante da crise, o relator Kiko Celeguim (PT-SP) propôs incluir trechos da MP alternativa do IOF em um projeto sobre metanol, visando recuperar medidas fiscais que somam R$ 10,7 bilhões em economia. Essa ação legislativa busca fortalecer o combate à produção e distribuição de bebidas adulteradas, que são a principal causa das intoxicações.
É fundamental que a população esteja atenta aos riscos e evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa. As autoridades sanitárias reforçam a importância de adquirir bebidas apenas de estabelecimentos confiáveis e fiscalizados, e de denunciar qualquer suspeita de irregularidade.